quarta-feira, 11 de abril de 2012

Civilização Romana - Pompéia



História da cidade romana de Pompéia






  Pompéia foi uma típica cidade romana, situada próxima ao vulcão Vesúvio (arredores de Nápoles, sul da Itália). No ano de 79, este vulcão entrou em erupção violenta, provocando um forte terremoto e expelindo grandes quantidades de pedras incandescentes, lava vulcânica, poeira e fumaça tóxica.


 A cidade de Pompéia foi totalmente coberta e quase toda população morreu soterrada. As cidades vizinhas de Herculano e Stabia também foram atingidas.
   No final do século XVIII, a cidade foi redescoberta por um agricultor que, ao trabalhar na região, localizou um muro da cidade. Nos dois séculos seguintes, a cidade foi escavada por arqueólogos. Casas, prédios públicos, aquedutos (sistema de condução de água), teatros, termas, lojas e outras construções foram encontrados.
  Os arqueólogos acharam também objetos e afrescos (pinturas em paredes) que revelaram importantes aspectos do cotidiano de uma cidade típica do Império Romano.   Porém, o que mais impressionou os pesquisadores foram os corpos petrificados, em posição de proteção, que foram atingidos pelas lavas vulcânicas.
  Atualmente, as ruínas do sitio arqueológico de Pompéia são visitadas por milhares de turistas do mundo todo.

Abaixo imagens e relatos de um visitante turista em visita a cidade de Pompéia


Uma rua da antiga Pompéia

O aspecto é de uma cidade em ruinas


Um turista fotografa provavelmente o que teria sido uma casa




A erupção do Vesúvio em Pompéia foi extremamente violenta. Plínio, o Moço, um sobrevivente, relatou a tragédia ao historiador Tácito. A história que ele contou era tão extraordinária que durante muito tempo ele foi desacreditado — a história relatada seria um exagero. Séculos depois, pesquisadores descobriram que o relato era real. Em reconhecimento a Plínio, o Moço, erupções extremamente violentas são chamadas também de erupções plinianas.








Era provavelmente uma hora da tarde quando a tragédia começou. Primeiro, o estrondo, a enorme fumaça no horizonte… A população estranhou. E demorou para perceber a gravidade da ameaça, porque, inicialmente, não foi um quadro clássico de lava descendo de forma assustadora.
Nas horas seguintes, o quadro era infernal: a densa fumaça deixou a cidade na escuridão; cinzas se acumulavam em todos os cantos; gases venenosos se espalhavam pela atmosfera; pedras-pomes eram cuspidas pelo vulcão e voavam longe, acertando pessoas e casas. O grande assassino foi a combinação de cinzas e gases venenosos (muito quentes, para piorar), e não lava, como a maioria pensa. Desmoronamentos também causaram vítimas.
Devido às cinzas e à chuva de pedras, muitas pessoas tentaram se proteger dentro de casa. Grande erro. Pedras e cinzas quentes se acumularam nas ruas e acabaram emperrando portas e janelas. Telhados mais frágeis desabaram devido ao peso em cima. Cinzas e gases venenosos, muito quentes, penetraram nas casas e sufocaram as pessoas, além de queimarem pele, roupa, olhos e órgãos da respiração. A cidade chegou a ter 9 metros de altura de cinzas e outros dejetos, sepultada, assim, pela fúria do vulcão. Corpos, envolvidos pelas cinzas, ficaram como estátuas, em alguns casos dando um perfeito formato às roupas e até às expressões de horror das vítimas — algumas com braços retraídos em defesa, num claro gesto de desespero.

 A seguir alguns corpos. Nem todos estão lá.
Alguns vão para museus, estudos, universidades, exposições.






  A  cidade permaneceu sepultada durante 1600 anos. A ideia era que ela simplesmente desaparecera por completo. Em 1594, o arquiteto Domenico Fontana descobriu por acaso as ruínas enquanto construía um canal. No entanto, não souberam dar real valor à descoberta, por isso a exploração só começou em definitivo em 1748. A grande maioria da cidade já foi desenterrada, mas ainda há mais por vir.
Dizem que as escavações iniciais não foram muito cuidadosas, por isso prejudicaram mais um pouco o que restara da cidade. Há registros de destruição decorrentes também de ataques durante a II Guerra Mundial
É possivel perceber, a partir de Pompéia, alguns elementos da cultura urbana romana. como a presença de termas com suas salas para banhos frios, mornos e quentes. Na época, os romanos inventaram um sistema de aquecimento pela água das termas e por aquecimento ambiental através do subsolo (muito inteligente para o período!).  Os banhos quentes não eram os únicos prazeres. Há inúmeros (e cômicos, às vezes!) sinais de prostituição.   Prostíbulos eram famosos e muito frequentados. Existe até um pênis desenhado em baixo-relevo em uma pedra de rua, voltado para a direção de um prostíbulo. Era uma indicação a pessoas de fora da cidade

Pinturas nas paredes internas das casas de prostituição indicavam ao  cliente o que era oferecido ali. Ainda vemos inúmeras posições sexuais nas paredes. 


Cama existente em um prostíbulo




Pinturas com pênis enormes eram comuns na época — mas não associe só com prostíbulos, prostituição ou sexo. Romanos faziam isso mesmo na fachada das casas, por considerarem símbolo de riqueza e boa sorte.





 É interessante perceber, como a partir dos achados da arruinada cidade de Pompéia é possível um estudo sobre  alguns aspectos da vida urbana existentes na  civilização romana


  

---------------------------------------------------------



Nenhum comentário:

Postar um comentário